A frase de Kaká publicada na revista Veja desta semana é precisa, milimétrica: "Messi é um gênio, Cristiano Ronaldo, uma máquina!" Em Portugal, há outras definições, como as que dão conta de que Crisitano Ronaldo é obstinado e isso fez dele o melhor jogador do mundo nas duas últimas temporadas. Eis o problema para o Real Madrid. Se Cristiano Ronaldo tem vantagens físicas indiscutíveis em comparação com outros jogadores, se é uma máquina de jogar futebol, seu corpo precisa estar absolutamente em dia. E não está.
A lesão muscular na coxa que faz a dor refletir em seu joelho incomoda há quase dois meses. Lembre-se de que não jogou em sua melhor forma físia nenhuma das duas partidas das semifinais contra o Bayern. Mesmo assim, clareou a jogada do gol da vitória em Madri e fez dois gols em Munique, seu 15o e 16o, recorde absoluto na história da Copa dos Campeões da Europa.
Sábado, em Lisboa, Cristiano Ronaldo pode alcançar outra façanha. Pode ser o primeiro jogador na história a fazer gols em duas finais diferentes por dois clubes distintos. Marcou pelo Manchester United em 2008, tem sede de marcar no estádio da Luz, na cidade onde iniciou a carreira profissional pelo Sporting, em 2002.
Cristiano Ronaldo é uma máquina: 50 gols em 46 jogos na temporada. No final da temporada, alcançou Luis Suárez e conquistou sua terceira Chuteira de Ouro de artilheiro da temporada européia -- ganhou também em 2008 e 2011. E tem mais 17 assistências na temporada, o que vale dizer que participou de 67 dos 156 gols do Real Madrid, melhor ataque da Europa empatado com o Manchester City.
A questão é que a máquina precisa de manutenção nesta semana. Em forma, Cristiano Ronaldo pode ganhar a Liga dos Campeões na cidade onde começou a jogar.